terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Mais do que decisão humanitária, Cuba é aposta eleitoral de Obama

Reaproximação com Cuba é tentativa democrata de vencer em 2016
Por Bernardo Monteiro

Após um primeiro mandato repleto de desafios, mas que marcou a história da mais consolidada democracia no mundo, Barack Obama chega à metade do seu segundo mandato com muito mais críticas e problemas do que bons resultados a oferecer. É fato que de 2013 para cá a economia norte-americana melhorou, o sistema de imigração foi aperfeiçoado e os benefícios trazidos pelo Medicaid, maior de programa de saúde pública da história do país, que custou mais de US$ 1 trilhão aos cofres públicos, são inegáveis.


No entanto, tudo isto não bastou e o Partido Democrata perdeu força. São três os fatores principais: a retomada da guerra ao terror com o uso de drones (veículos aéreos não tripulados) com armamentos no Iraque, Afeganistão e, principalmente, no Paquistão, o que provocou grande questionamento internacional; o combate unilateral contra o terrorismo do Estado Islâmico; e o recente surgimento de revoltas populares contra a morte de negros por agentes brancos da lei - que foram inocentados.


Este conjunto de decisões políticas levaram à queda constante da popularidade de Obama e consequentemente dos democratas – vista com clareza na derrota nas eleições para o Congresso, onde o Partido Republicano retomou a maioria - gerando um quadro negativo para a permanência do atual partido no poder após a eleição presidencial de 2016. A Casa Branca vive talvez seu período mais inconstante e desafiador desde a chegada de seu 44ª morador em 2009. Clique aqui para continuar lendo.

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