sábado, 6 de setembro de 2014

Ideb fraco derruba petista, tucano e a imprensa da não-notícia

Objetivo era alcançar a bolinha; só quatro estados conseguiram

Por Pedro Muxfeldt


O resultado do Ideb, divulgado ontem pelo Ministério da Educação, poderia ser resumido em um velho provérbio: pau que dá em Chico também dá em Francisco.

Os resultados abaixo da meta para o ensino médio afetaram governos de todos os matizes. A Santa Catarina de Raimundo Colombo, do PSD e filiado ao DEM até 2011, e o Mato Grosso de Silval Barbosa, do PMDB, e Amazonas de Omar Aziz, também do PSD, foram os estados com queda mais acentuada no indicador que mede a qualidade da educação. Também caíram a Bahia de Jaques Wagner (PT) e o Paraná de Beto Richa (PSDB).

Por outro lado, os únicos três estados que conseguiram melhorar seus números e cumprir a meta estabelecida também têm dirigentes de partidos variados. Rio de Janeiro do peemedebista Luiz Fernando Pezão, Goiás do tucano Marconi Perillo e Pernambuco de João Lyra Neto, do PSB. Além desses, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, comandados pelo PT, também foram à frente.

E se a madeirada do Ideb bate em todo o espectro político também tem que alcançar a cobertura midiática da divulgação dos números. Depois de esconder os números do Mais Médicos, a mídia mostrou mais uma de suas facetas na quarta-feira quando O Globo deu uma não-notícia em sua manchete.

"A um mês da eleição, Planalto retém resultado de avaliação da educação", dizia a matéria, deixando nas entrelinhas que o resultado afetaria o governo federal. Dois dias depois, os números vieram a público. Péssimos para todos, do tucano ao petista. Bom para poucos, também entre todas as cores. Chute na água da imprensa. Mais um.

Em breve, uma análise séria e embasada dos fracos números do Ideb com quem entende deles.

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