Bomba de Valério não estourou em 2012 |
Por Pedro Muxfeldt
Possivelmente, não é necessário escrever mais nada olhando a montagem acima. A capa desta semana da Veja é incrivelmente parecida com uma edição de 2012 onde a revista anunciava entrevista bombástica de Marcos Valério, operador do mensalão, em que ele relacionava o ex-presidente Lula ao escândalo.
Acontece que a tal suposta conversa do publicitário com a reportagem de Veja nunca foi confirmada e, depois de muito ameaçar, a revista do Grupo Abril decidiu não divulgar a gravação da entrevista.
Ficou o dito pelo não dito e, desde então, nenhuma prova material ligou Lula ao esquema que levou outras lideranças do PT à prisão.
A bomba da vez é a também suposta lista de políticos delatados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, como envolvidos em esquemas de desvio de verbas da empresa. Estão lá nomes ligados ao governo federal e também Eduardo Campos, falecido no mês passado.
Com as denúncias, Veja sonha que sua capa tenha a capacidade de implodir as candidaturas de Dilma e Marina de uma vez só em busca de ressucitar Aécio Neves, em queda livre nas pesquisas desde a entrada da candidata do PSB na disputa.
Até agora, a Veja faz apenas fumaça para salvar seus protegidos e, de acordo com o histórico recente da revista, a melhor reação à publicação é esperar o inquérito da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República. O que a Veja diz não se escreve.
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